Viver Bem
08 de agosto de 2019
Mitos e Verdades sobre a amamentação
Mitos e Verdades sobre a amamentação

A amamentação tem benefícios por toda a vida do bebê

VERDADE - Pesquisas recentes mostram que bebês bem amamentados têm menos chances de desenvolver doenças como diabetes, obesidade e hipertensão durante a vida inteira. Os benefícios imediatos, além do fortalecimento do sistema imunológico, são menos ocorrências de diarreias, pneumonias e infecções respiratórias.

A amamentação pode fazer mal à mãe

MITO- O aleitamento ajuda a mulher a perder peso mais rápido após o parto, pelo gasto metabólico; e diminui o sangramento intrauterino no pós-parto, porque contrai o útero e libera ocitocina.

A produção de leite causa dor para a mulher

MITO - A “descida do leite”, isto é, a apojadura, ocorre alguns dias após o parto, quando as glândulas mamárias aumentam de tamanho e começam a produzir uma quantidade maior de leite. Pode ocorrer um inchaço no seio, além de um desconforto físico, mas, se a mãe tiver sido corretamente orientada, quanto a pega correta e posicionamento da mamada, para garantir que não haja maiores dificuldades.

O leite nos primeiros dias após o parto é mais fraco

MITO -O leite excretado no início é chamado de colostro, é tudo o que o bebê precisa é rico em proteínas, minerais, vitaminas e fatores de defesa. Começa a ser produzido a partir da 16ª semana de gestação, até a chegada da apojadura.

É importante que o bebê seja amamentado na primeira hora de vida

VERDADE - Se o bebê estiver em condições saudáveis, esse contato com a mãe deve ser feito o mais rápido o possível, não importa a via de parto. A sucção do leite da mama é instintiva, e esse instinto deve ser incentivado o quanto antes.

É normal sentir dor na amamentação

MITO- Se a mulher sente dor ao amamentar, deve observar se a pega está correta. Mamadas com o bebê ou a mãe posicionados de forma errada podem ser motivo de desmame precoce.

Existem várias posições para amamentar

VERDADE - Pode ser com o bebê sentado ou com a mãe deitada, por exemplo, desde que ele tenha uma pega adequada e mãe/bebê estejam confortáveis. Qualquer que seja a escolha no momento, o corpo da criança deve estar completamente virado para o corpo da mãe, e ele deve estar com a boca bem acoplada na aréola, que é a parte ao redor do mamilo.

Estresse e cansaço podem prejudicar a amamentação

VERDADE - O bem-estar materno é fundamental para a produção de leite. Dor, estresse e outros fatores podem ser prejudiciais. É preciso um ambiente e atividades que diminuem o cortisol e promovem sensação de bem-estar, o que aumenta os níveis de prolactina e ocitocina. Por isso, é importante que as mães contem com uma rede de apoio que começa dentro de casa, seja com o cônjuge ou outros familiares.

Se o leite for fraco o bebê não ganha peso

MITO - Não existe leite fraco, e toda mãe é capaz de amamentar o filho. O que pode ocorrer é uma amamentação feita de forma errada. Se o bebê mama pouco e dorme logo, sem estar satisfeito, por exemplo, ou dormir à noite inteira e não mamar frequentemente, isso pode atrapalhar a produção de leite.

É preciso ter disciplina com os horários da amamentação

MITO - A amamentação não deve ter horários rígidos. O ideal é amamentar de acordo com a procura do bebê em livre demanda. Se a mãe estabelece horários rigorosos, enfraquece o instinto do bebê de saber quando ele tem fome ou sede, e isso atrapalha a produção de leite, assim como mamadas curtas.

Mulheres que amamentam precisam seguir uma dieta restrita

MITO - Alimentação da mãe deve ser equilibrada e variada, e é importante não ter tantas restrições. Não existem alimentos que aumentam ou diminuem a produção de leite.

Qualquer mulher pode doar leite

VERDADE - Mesmo que a mulher não produza quantidades abundantes de leite, se ela extrair para doar, não vai faltar para alimentar o filho. Quanto mais se estimula as glândulas, mais elas vão produzir, e grande parte da produção acontece no momento da mamada. Quanto mais for tirado, mais será produzido.

Não existe idade limite para amamentar o bebê

VERDADE - A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que o bebê seja alimentado exclusivamente com leite materno nos primeiros seis meses e de forma complementar até os dois anos de idade ou mais. É importante ressaltar que o aleitamento deve durar até quando mãe e bebê se sintam confortáveis.

As fórmulas industrializadas não são tão nutritivas quanto o leite materno

VERDADE - O leite artificial não tem mais componentes ou calorias que o leite materno - além da parte imunológica, que nenhuma fórmula tem. Outro grande benefício da amamentação é a praticidade: o leite materno está disponível em qualquer lugar, a qualquer hora e é gratuito.

Se o bebê não engorda, é melhor usar fórmulas industrializadas

MITO - Às vezes, mães se preocupam com o ganho de peso lento do bebê, mas isso pode ser perfeitamente saudável. Não é só o peso que indica se o leite está sendo suficiente. É importante observar outros sinais que dizem se o bebê está bem alimentado, como: se ele sai do peito tranquilo, relaxado e dorme entre duas e três horas; e se ele faz xixi a cada três ou quatro horas.

Chupeta e mamadeira atrapalham a amamentação

VERDADE - A sucção da mamada fortalece toda a musculatura do bebê, o que ajuda na respiração ou mesmo anos depois, quando ele aprende a falar. Chupeta e mamadeira não estimulam essa sucção e podem atrapalhar a amamentação, pois causam o que especialistas chamam de preferência de bicos: com os objetos, a criança aprende o movimento mastigatório e repete isso no peito, o que impede a saída do leite.